sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Proteger o ambiente, uma forma de exercer a cidadania

Hoje, feriado nacional, tive oportunidade de observar um grupo de dois rapazes e duas raparigas que se dedicavam a apanhar resíduos de plástico e outros na margem do rio Cávado, ao longo de um percurso usado para a prática da marcha e da corrida, na freguesia de Merelim S. Paio, em Braga.
Muito agradado com o que via, dirigi-me àqueles jovens, membros do agrupamento de escuteiros de Merelim S. Paio (Agrupamento 30 – S. Paio de Merelim) para os felicitar e para lhes agradecer. A actividade que desenvolveram esta manhã, bem antes da hora a que o senhor Presidente da República produziu o seu discurso comemorativo do 05 de Outubro (um bom discurso, por sinal, curto e claro, pertinente e incisivo), devia ser quase desnecessária, se os cidadãos portugueses, que somos todos nós, compreendessem um bocadinho melhor, e respeitassem, o conceito de cidadania. Como ainda estaremos longe do dia em que acções destas já não se justifiquem com a mesma necessidade (porque há quem suje sem critério nem sensibilidade), é normal que nos espantemos quando ocorrem, sobretudo quando são executadas de modo discreto e aplicado.
Às minhas felicitações e agradecimento, responderam os benfeitores com um sorriso humilde. E permitiram que os fotografasse enquanto trabalhavam (eu não queria fotos com pose...). Nem lhes perguntei o nome. Quem são eles? – Para mim são jovens bons e bem formados que percebem que o meio ambiente é a casa de todos e que, para nosso bem, ou cuidamos da sua limpeza e conservação ou acabaremos a pagar o preço da nossa incúria e do nosso desmazelo.
Aqueles rapazes e raparigas bem mereciam que os seus professores os considerassem na hora de avaliar a dimensão da cidadania, quando chegar a altura. E também merecem que o seu agrupamento de escuteiros lhes registe a qualidade do trabalho generoso que realizaram, porque o fizeram bem e depressa e deixaram tudo limpinho. Os habitantes da freguesia e os utilizadores do local bem podem ficar-lhes gratos também, e facilitar-lhes ou dispensar-lhes a mesma tarefa de futuro, pelo benefício recebido e pelo bom exemplo dado, que deviam seguir.

Obrigado, caríssimos jovens. 

José Batista d’Ascenção

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