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Fonte da imagem: aqui. |
Ouvi e não gostei. Depois dos apelos à vacinação, até por parte do senhor Presidente da República, em pose pouco ortodoxa, até à enfermeira que «apoia» a escola onde trabalho, muitas foram os estímulos para que os cidadãos se vacinassem.
Querendo colaborar, logo em Setembro, dirigi “mail” ao Centro de Saúde do Carandá – Braga, a solicitar, pela mesma via, a receita da dita vacina. E a minha médica de família respondeu imediatamente, enviando a respectiva receita (merecidos parabéns à muito competente Dra Ana Sofia Português). Fui então à farmácia, onde simpaticamente me disseram que a lista de espera era extensa. Perguntei: - Muitas dezenas? E a resposta foi: - Centenas! Centenas!
Conformado, fiquei à espera. E à espera continuo. O meu cuidado relaciona-se com a importância que dou às aulas presenciais: não queria que, com o rigor do Inverno, muitos professores no activo tenham que ficar em casa, com ou sem infecção pelo novo coronavírus. O prejuízo para os alunos já é grande e não convém aumentá-lo.
Naturalmente, penso que o fornecimento de vacinas devia destinar-se prioritariamente às pessoas com maiores riscos. E é meu dever prescindir dela em favor de todos os que sejam mais vulneráveis do que eu. É o caso da minha mãe, de idade avançada e precário estado de saúde, que também continua à espera.
Ora, isto era fácil de prever e de comunicar de modo claro. O que devia ter sido feito e não foi. Com pesar o afirmo, eu que nunca ampliei qualquer das muitas críticas (e algumas bem pertinentes) à Direcção Geral de Saúde, porque:
- não era fácil enfrentar esta situação pandémica sem cometer erros;
- as pessoas não cumpriram, em muitos casos, as medidas básicas;
- na maioria dos países, com estratégias muito diversas, não se fez melhor do que em Portugal.
Mas estas atenuantes não se aplicam ao modo como foi (e está a ser) gerido o processo de vacinação contra a gripe comum.
José Batista d’Ascenção
Felizmente, esta manhã, fiz a vacina contra a gripe. A minha mãe já tinha sido vacinada, a meio da semana finda. Mais vale tarde do que nunca. Para que conste.
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