Era espera(nça)do, mas precisava confirmação. Marine Le Pen (e as ideias e os perigos que representa) não ganhou (por agora…). E ainda bem!
O senhor Macron não será “Deus” na França, nem na Europa, mas opôs-se eficazmente a Le Pen e isso não é pouco. Oxalá a sua presidência seja um confirmar da esperança na Europa e no mundo, afinal. Bem precisamos, perante a evolução da sociedade e das ideias (de certas ideias ou da falta delas) na cabeça de tantas pessoas.
Sabia da forte vontade de jovens franceses espalhados pelo mundo, em países que não a França (que também os há), em não deixarem de votar por uma cidadania aberta, sem “muros” nem chauvinismos. Mas não sabia se em França hav(er)ia o mesmo fervor. O susto atenuou-se.
A este propósito, tenho dificuldade em entender a posição de alguns emigrantes portugueses em França (não muitos, quero acreditar), os quais, bem posicionados economicamente, aderiram às ideias xenófobas da extrema-direita. Nos Estados Unidos acontecera o mesmo relativamente ao senhor Trump. Pessoas como estas, imigrantes que tanto sofreram e que, seguramente, tiveram algumas dificuldades de integração, opõem-se veementemente a outras pessoas imigrantes, muitas das quais passarão por dificuldades idênticas às que elas passaram. Certo, lá terão as suas razões, que eu não conheço e que, talvez por esse motivo, me custa compreender.
Não deixa, porém, de me ocorrer um dito de má memória que ouvi muitas vezes ao meu pai e aos meus avós: não sirvas a quem serviu nem peças a quem pediu!
A História tende a ser vivida em cada dia (e em cada geração) como se tudo fosse novo, exceptuando as pessoas de vida longa, que muito sofreram e aprenderam à própria custa, e aquelas poucas que se deram ao trabalho de estudá-la e a conhecem e respeitam.
Que é de vós, Europa e Mundo de hoje e de amanhã?
Para já: Viva a França, e nós com ela!
José Batista d’Ascenção
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