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Ele há coisas! Uma instituição judiciária militar encenou a recuperação de material de guerra roubado de Tancos, por «acordo de cavalheiros com o ladrão das armas», invocando «o interesse nacional», noticia o jornal «Público» de hoje (página 13 da versão em papel).
Segundo a mesma notícia, «no cerne do processo estão rivalidades entre a Judiciária Militar e a sua congénere civil».
Não sei não: O nosso país, com nove séculos de história será, acima de tudo, uma encenação? Ou são as instituições nacionais que, em muitos casos, não passam de encenações? Ou é mesmo o povo que vive numa encenação, com dramas reais, que faz parte de um caleidoscópio de outras encenações?
Nada disto é estranho, sobretudo para quem leu um ou outro texto de Vasco Lourenço com referências ao assunto. Mas custa a aceitar.
E é muito triste.
Espera-se que o que resta da Justiça, se pretende merecer o nome, não se limite a tratar o caso com… novas encenações.
José Batista d’Ascenção
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