25 de Abril de 1974, a data a partir da qual os portugueses puderam ser livres
Transporto esta data no coração. Liberdade não é apenas a suposição de a ter. Exige condições para poder ser efectiva. E as possibilidades económicas podem nem ser as mais determinantes. Eu colocaria em primeiro lugar a educação e a formação, só cedendo prioridade à necessidade estrita da alimentação e das condições básicas de saúde. Contudo, em matéria de educação, o 25 de Abril não se cumpriu minimamente, em minha opinião, mas não por culpa dos que o fizeram.
Os militares de Abril abriram a porta para a liberdade. Deram-nos a possibilidade. Cumpriram o seu dever (descontando os casos de protagonistas com ideias não conformes com o meu conceito de liberdade, que sempre os teria de haver). E não pediram nem receberam nada em troca. Não esqueço que a viúva de um Homem-símbolo, herói impoluto do 25 de Abril – Salgueiro Maia – nem sequer teve direito a uma pensão do Estado, ao contrário do que aconteceu com servidores da sinistra polícia política do «estado novo», vulgo PIDE.
Por isso celebro esta data. E dedico aos capitães de Abril estas palavras, que são de gratidão e de esperança. Abril não morre(u) no peito dos que amam a liberdade.
Porque os cravos vermelhos são serôdios em Braga (na minha floreira só florescem lá para fins de Maio) deixo uma azálea abundante em flores coloridas, que há semanas desabrocharam exuberantemente no meu quintal.
Pela Liberdade. Pelos que generosamente no-la ofereceram. E pelos que a amam e lutariam por ela.
José Batista d’Ascenção
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