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Lá longe, a milhares de quilómetros de Portugal (mais de dez mil…) toma-se um avião para Madrid. Com sorte, espera-se à volta de uma hora, o que exige despacho e bagagem de mão fácil de transportar (em dias de muito trânsito há hordas de pessoas e pode ficar longe o local de saída de um avião e o de embarque no outro, pelo que convém apanhar o comboio automático do aeroporto, eventualmente com os viajantes à cunha). Depois são quase nove mil quilómetros para sobrevoar o Atlântico e o norte da América do Sul e aterrar em Quito, a capital do (país) Equador, ao fim de cerca de nove horas. O melhor é pernoitar ali e tomar um voo, manhã cedo, para as ilhas, com paragem a meio, na cidade de Guayaquil, para abastecer o avião, levantar voo e descer no aeroporto ecológico de Baltra, num tempo que anda próximo de três horas. Em Quito, para embarcar para as Galápagos, há, para além das formalidades habituais dos aeroportos, mais uma fila para registo de cada viajante para as Galápagos, verificação dos passaportes e pagamento de uma taxa de 20 dólares (americanos) por pessoa. Ainda antes de descer, no avião do último voo, cada viajante preenche um pequeno inquérito («declaracíon juramentada de mercancías»), tendo de declarar se é portador de plantas, flores, sementes, areia, rochas ou minerais…, se esteve em lugares de concentração de animais domésticos nas últimas 72 horas, etc.
Imagem obtida aqui. |
Na pequena ilha de Baltra, no aeroporto, após novos formalismos, que incluem o controlo de passageiros e bagagem e o pagamento de nova taxa de 100 dólares por pessoa, toma-se um autocarro para um percurso curto até à (pequena) embarcação que faz escassas centenas de metros até ao norte da ilha de Santa Cruz. Dali toma-se um autocarro ou um táxi (nas Galápagos, os táxis são «pick-up» de cinco lugares, com as bagagens na caixa aberta) e fazem-se 42 quilómetros até Puerto Ayora, no extremo sul da ilha.
No regresso, no percurso inverso, são menos horas entre a origem e o destino, se se sair manhã cedo, apesar de a espera em Madrid pelo voo para Portugal poder demorar várias horas (cerca de quatro, no nosso caso). Tendo saído de Puerto Ayora às 06.30 de uma manhã sábado, chegámos por volta das 16.30 horas de domingo ao Porto).
Viagens assim só se fazem se o destino valer a pena. As Galápagos valem.
José Batista d’Ascenção
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