[O que atenua em mim o sentimento de perda de um grande músico de Portugal]
Recebi hoje o (habitual) postal de «Boas-Festas» do Prof. Jorge Paiva, em razão da sua necessidade de sair do país proximamente, nas suas viagens pelo mundo natural. É um postal maravilhoso com duas belas fotografias e uma lição em duas línguas sobre o significado da «inversão das biodiversidades urbana e rural» e as suas relações e implicações com a espécie humana.
Em nota à margem, diz o Professor Jorge Paiva:
«Este é o meu 30º cartão. Não sei se continuarei com eles. Já deixei de escrever artigos sobre problemas ambientais, pois os leitores que me interessava que os lessem (governantes, deputados, políticos e juventude) não o fazem. Assim, prefiro ir coligindo todos os dados que os cientistas têm vindo a publicar e publicitar, há já alguns anos, para as, já evidentes, «Alterações Climáticas» e «Poluição Global (sólida, líquida e gasosa)», sem que os governantes e políticos mundiais tomem efetivamente quaisquer medidas. Isto para que as futuras gerações (os meus trinetos, por exemplo) venham a saber quem foram os responsáveis pelos desastres ambientais que os vão atingir, como, por exemplo, piroverões cada vez mais devastadores no nosso país; a submersão do previsto aeroporto do Montijo; secas tremendas; temperaturas insuportáveis para a vivência da espécie humana; fome; novas doenças; etc.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, morrem anualmente 7 milhões de pessoas em consequência da poluição atmosférica. Nas regiões tropicais já ocorre uma nova doença renal provocada pelas severas secas e elevadas temperaturas resultantes do «Aquecimento Global». A comunicação social não noticia isto, nem o ecocídio para que caminha, inexoravelmente, o Planeta Terrestre, que não é mais que uma grande gaiola em que vivemos e uma pequeníssima ilha do Universo.»
Obrigado: Bom Mestre.
PS: Prevê-se que, em Dezembro, seja publicado um livro com os postais de Natal dos últimos 30 anos do Professor Jorge Paiva. O que é motivo de grande contentamento e justifica redobrado agradecimento.
José Batista d’Ascenção