Ontem, ao fim da tarde, tive o privilégio de receber, das mãos do autor, o livro «NATAL VERDE, 30 anos de postais de Jorge Paiva», que anteontem foi apresentado ao público, em Coimbra, perante numerosa assistência. São cento e quarenta e cinco páginas, em papel e com imagens de qualidade, com os originais postais de Natal que o Professor Jorge Paiva foi enviando a milhares de pessoas ao longo de décadas. Cada um desses postais é uma lição bilingue de um dedicado naturalista botânico sobre a estrita necessidade de os humanos compreenderem e respeitarem o funcionamento da mãe Natureza, com belas e pertinentes imagens fotográficas do autor, obtidas nas mais diversas partes do mundo. Essas imagens e a mensagem que as acompanha são de forte impacto e de grande sensibilidade. Um mimo.
Editaram esta obra o Exploratório Centro de Ciência Viva de Coimbra, a Imprensa da Universidade de Coimbra e a Ordem dos Biólogos. Em boa hora.
Por condição prévia do Professor Jorge Paiva, cada escola básica e secundária receberá gratuitamente um exemplar para a sua biblioteca. Um belo e útil presente de Natal para as escolas de Portugal. E para cada pessoa que o receber, pelo Natal ou em qualquer altura.
Ontem mesmo, no meu contentamento, não me contive que não começasse a minha humilde (mas bem intencionada) «chantagem» junto do Professor Jorge Paiva para que escreva um livro, que não precisa de ser muito extenso, sobre a «História da Silva [floresta] Lusitana», numa linguagem acessível ao leitor comum. Era uma acção de cidadania e de educação ambiental de que a população portuguesa me parece muito carecida, e que contribuiria para nos encaminharmos num sentido que minimizasse a praga dos incêndios e o modo «rapace» de exploração florestal que prosseguimos. Esse livrinho até podia ter uma versão para adultos e uma outra infantil, destinada às crianças pequeninas, com ilustrações a condizer.
Claro que o Professor Jorge Paiva não tem para onde se virar, mas nós, os que o não largamos para que venha às escolas (e se lhe pedimos, ele não consegue dizer que não), bem podíamos prescindir temporariamente da «exigência», para lhe «concedermos» mais tempo para a execução da obra.
Com um grande obrigado. De sempre e para sempre.
José Batista d’Ascenção
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