Em dia chuvoso, a luz natural é parca e cinza. O interior da casa, mesmo com persianas e estores levantados, fica numa certa penumbra. O computador revela, afinal, fraca autonomia, que não vai além de duas dezenas de minutos. E o que havia a fazer requeria umas imagens a colher na “rede”, que ficou inacessível.
Fica-se sem saber o que fazer. O desconforto é mais acentuado porque a situação se prolonga por horas.
O almoço não pôde ser preparado, o que obrigou a alternativa pouco consoladora. O portão da garagem teve que ser aberto e fechado manualmente, o que se tornou incómodo devido ao hábito adquirido.
Enfim, uma manhã decepcionante, que nem a leitura, como recurso, compensou. É muito difícil abdicar das rotinas de conforto da nossa vida de dependentes consumistas.
E veio-me ao pensamento a vida de pessoas como a das que vivem na Ucrânia (sujeitas a uma operação militar especial de invasão e destruição assassina), mas também a dos pobres, do meu e de todos os países, que não têm pão, nem casa, ou que, tendo-a, só nela abunda a miséria da falta de tudo.
Que sorte eu tenho.
José Batista d’Ascenção
Podes crer, Zé! Se olhássemos mais para o lado, dávamos mais valor ao que temos. Abraço amigo
ResponderEliminarObrigado. Abraço.
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