segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Casa com osgas

Agosto. Sol. Calor. Temperaturas altas a todas as horas do dia e da noite.

Os incêndios atormentam (mais) a Norte, mas a Beira Baixa não entrou em combustão real, por enquanto, embora o chão, à torreira do sol, escalde.

Na casinha que era dos meus pais, nas paredes exteriores viradas a poente, ao crepúsculo vespertino, são agora comuns as silenciosas osgas, ora paradas ora em movimentos bruscos na caçada aos insectos.

Tentei explicar que se trata de bichos simpáticos, inofensivos e muito úteis. Não fossem elas e era ainda preciso ter mais difusores anti-melgas nas tomadas eléctricas.

Quando eu era menino, jovem e já pai de filhos só as conhecia no Algarve. Admito que tenham migrado para Norte, à medida que as temperaturas médias foram subindo até aos limites do suportável, como agora acontece. Por elas, são bem-vindas.

Igualmente benfazejas são as andorinhas, que volteiam nos ares em certos dias, devorando miríades de mosquitos e afins.

Desertas em tempos comuns, estas terras animam-se por estas alturas com o regresso de emigrantes – sim nós somos um país de emigrantes! – e com os que retornam às origens provindos dessa aldeia maior de Portugal, que é Lisboa e arredores.

É bonito Portugal. Pena o indigenato governativo e algumas más frequências. 

José Batista d’Ascenção

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