O ar é um bafo. Esturrica-se, mesmo à sombra dos amieiros, ainda que com os pés na água. Por causa das minhas orelhas, desgostante fragilidade pessoal, não vou ao banho. Fico-me na esplanada ou nos bancos da zona de relva fresca e passo os olhos por algumas páginas de interesse. Mas não, a leitura exige (de mim) o recolhimento necessário.
Neste meio não me abstraio do gralhar musical das crianças, que são muitas e é bonito vê-las. Mães extremosas e pais dedicados acompanham-nas com desvelo.
Gosto de pensar que tanto afecto há-de dar adultos melhores. O mundo bem precisa, que o ar dos tempos afigura-se-me plúmbeo e tóxico.
Se assim não for, mal será.
E os meus netos, e todos os netos, de todos os avós, têm todo o direito ao optimismo e ao sonho, porque pelo sonho é que vamos.
José Batista d’Ascenção
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