Esta tarde participei numa acção a que me propus como voluntário, depois de muitos meses a pensar num modo prático e simples de fazer alguma coisa (mais) efectiva pelos outros. Estive com mais uma colega e uma equipa de alunos num supermercado a recolher mantimentos para o “Banco Alimentar”. Cheguei receoso, na dúvida sobre se teria competência para a função. Os alunos facilitaram, recebendo-me com simpatia. Espantei-me com a (tão grande!) generosidade de tantas pessoas. E comovi-me com alguém que se desculpava por dar “muito pouco”, esforçando-me por lhe deixar um “obrigado” expressivo (em voz que me saiu quase embargada…). Outra pessoa “respondeu” ao meu “obrigado”, com um “de nada, amanhã posso ser eu”, que me tocou particularmente. E os contentores enchiam-se, e mais pessoas davam e o meu nervosismo tinha desaparecido. Findo o meu tempo de participação, despedi-me carinhosamente dos alunos, que não conhecia pessoalmente e que gostei de conhecer, e da colega que orientou a minha humilde colaboração.
Se o mundo fosse melhor, estas acções não deviam ser necessárias. Mas são, porque há pessoas que precisam de comer, no mínimo…
Agradeço às pessoas, todas as pessoas, que contribuíram, em qualquer ponto do país.
Agradeço às pessoas que aceitaram o meu pedido de colaboração.
Agradeço aos jovens disponíveis e de coração sensível, especialmente àqueles com quem passei o tempo desde o meio da tarde de hoje até à hora de jantar.
Um “bem haja” ainda para todos os que tornam possível a recolha de alimentos de hoje e de amanhã.
José Batista d'Ascenção
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