O Outono tem trazido chuva abundante, na metade norte do país continental.
Nas Ilhas não há problemas de seca. Há dúvidas sobre se gerimos bem os recursos hídricos: o excesso de água pluvial que não conseguimos reter; a falta de água na zona sul (onde chove pouco), que não conseguimos colmatar; a exploração excessiva de água subterrânea na orla algarvia; acrescendo a poluição de solos e cursos de água, tudo agravado pelos incêndios de Verão, que potenciam a erosão dos solos, o assoreamento das barragens e a contaminação das águas das albufeiras.
Porém, o tempo vai bom para plantar. Há cidadãos (individuais) que estão sensibilizados e fazem (muito bem) a sua parte. Mas falta política global, ordenamento florestal e ampliação e gestão da(s) área(s) de coberto vegetal autóctone.
Ocorrem algumas iniciativas simbólicas de plantação de árvores ou arbustos, quase sempre associadas à comemoração de «dias mundiais», que ficam bem na fotografia, por assim dizer, mas que convinha converter em algo que seja mais sistemático e efectivo (não importando que seja discreto e, desejavelmente, banal).
Ou plantamos diversificadamente os espécimes convenientes em cada região (basta de monocultura extensiva de eucalipto em qualquer sítio) ou os nossos filhos e netos não terão condições de sobrevivência.
Plantar - isto, que é óbvio, devia ser linear.
José Batista d’Ascenção
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