Saboreando a quentura da manhã, da mesa da esplanada olho o magnífico carvalho americano à minha frente, e contemplo o verde intenso da folhagem que, dentro de dias, há-de (começar a) matizar-se em tonalidades de vermelho, castanho e amarelo, que muito aprecio.
Esta é a altura do ano em que, no exterior das paredes, mais me dou a olhar ao longe, para, em paz de espírito, afagar sentimentos íntimos.
Como vão filhos e netos, lá longe? Como retomaram o quotidiano da casa, do trabalho e da escolinha? Como vou receber os (meus) alunos, amanhã, e como lhes vou fazer sentir que eles são tão importantes para mim como o vencimento que recebo todos os meses?
Escrevinho isto meia hora antes de os amigos de tertúlia chegarem. Também eles fazem parte do recomeço. Também eles fazem parte da minha normalidade.
O Outono é o meu reinício. Com expectativa e algum receio tomo caminho.
Com ternura, também.
José Batista d’Ascenção
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