É absolutamente necessário que as (nossas) cidades tenham artérias e outros espaços arborizados. Por via da sombra no Verão, da moderação das temperaturas, do consumo de dióxido de carbono, da produção de oxigénio e da manutenção de alguma humidade atmosférica, quando as árvores têm folhagem e o ar é mais seco. E também, claro, pelo embelezamento do verde ou outro colorido das folhas, assim como das flores e até dos frutos.
Mas a escolha das espécies deve ser ponderada e decidida em função dos espaços que vão ocupar e das características próprias: tamanho, volume/massa da folhagem caída, produção de pólens capazes de desencadear alergias, etc.
A tempestade desta semana derribou muitas árvores de grande porte, em cidades como Braga. Os prejuízos materiais e humanos podem ser elevados ou dramáticos. O risco nunca será zero, mas não podemos nem devemos “culpar” as árvores. Que mais fazer, então?
As podas deviam ser criteriosas e executadas de modo a não diminuir a resistência mecânica de troncos e ramos. Por outro lado, uma profissão que devia ter mais elementos é a de técnico de análise da saúde das árvores dos espaços urbanos, no que respeita a sistemas radiculares, troncos e ramaria. A detecção de árvores de grande porte em perigo de caírem já se faz com boa precisão, pelo que muitas quedas se podem prevenir, fazendo os abates necessários no último terço de cada Estio. Isto custa dinheiro, mas os prejuízos materiais também e as vidas não há valor que as pague.
Não podemos admitir nem permitir a desarborização das cidades, porque precisamos de árvores por perto.
As árvores são nossas amigas.
José Batista d’Ascenção
Sem comentários :
Enviar um comentário