Na margem esquerda do Cávado, próximo de Braga, em zona aprazível, onde foram construídos, lado a lado, um trilho pedonal e uma pista para bicicletas foi recentemente colocada pela Junta de Freguesia, num dos extremos do percurso, uma placa com as regras de utilização do espaço. A placa anterior, muito vandalizada há longos meses (ver aqui), foi devidamente substituída, e ainda bem. O facto de estarmos quase “em cima” das próximas eleições autárquicas não retira mérito à acção.
Porém, o trabalho e o gasto não deviam ser necessários, se o civismo das nossas gentes fosse um nadinha melhor. Para além de instintos destrutivos de explicação intrincada, o apelo ao cumprimento de certas regras parece desagradar a pessoas que ali vão passear os seus cães, o que não tem nada de mal, antes pelo contrário, desde que os levem com trela, especialmente quando os animais são nervosos e agressivos com quem faz a sua caminhada ou corrida, e que recolham os seus dejectos, especialmente quando ficam no meio da “pista”. Quer num caso, quer no outro, há motivo de queixa e de atrito, não com jovens acompanhados dos seus cães, que se comportam de modo sensível e simpático, mas com pessoas da ordem dos sessenta anos ou mais, cuja mentalidade parece ser mais antiquada… Atrevo-me a pensar que a escola, com todos os seus defeitos, tem um papel positivo no modo de pensar e agir da gente mais nova…, o qual, no entanto, não é de efeito universal, porquanto, também há os mais jovens, embora muito poucos, que optam por seguir de bicicleta no trilho para os peões. E, muito raramente, o espaço também já tem sido utilizado por jovens com veículos motorizados…
Ora, aquele local e todos os locais como aquele devem ser usados de acordo com as regras, a fim de que sejam cada vez mais os que, sem pagar, podem usufruir dos seus benefícios e contemplar e apreciar a natureza. E ali, cabem muitos, muitos mais. E todos deviam ser bem-vindos.
Vamos ver quanto tempo dura a nova placa.
José Batista d’Ascenção
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