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Os nossos políticos, no governo e na oposição, deviam «obrigatoriamente» ver a «Volta à França» em bicicleta. Talvez aprendessem alguma coisa sobre ordenamento do território e conservação e limpeza do ambiente, particularmente das áreas florestais.
Sempre que posso, e não me esqueço, fico frente à TV, mais pela delícia das imagens do que pelas vicissitudes da corrida e muito menos ainda pela preferência por algum atleta ou equipa. Do que também gosto é dos comentários serenos e oportunos de Marco Chagas e João Pedro Mendonça. Ontem foi um desses dias, mas irritei-me na parte final, quando os ciclistas se aproximavam da meta: a cerca de 18 Km do fim houve interrupção súbita para publicidade (depois de outras), altura em que tirei o som e fiquei longamente à espera. Quando a transmissão foi retomada faltavam 12 Km: uma eternidade, bastante mais de 5 minutos de bombardeamento com anúncios. Bem sei que aquela casa precisa vorazmente de dinheiro, mas também sei que o serviço que presta é, em minha opinião, muito insuficiente, como também sei que alguns dos seus apresentadores, muito atreitos à gritaria e ao espalhafato, senão mesmo ao insulto e à zaragata, no que se assemelham aos futriqueiros do futebol (não confundir com gente do nível de um João Gobern, entre outros…) e aos politiqueiros da berraria e da confusão, me fazem ter saudades de príncipes da televisão como Fialho Gouveia e Júlio Isidro, e não justificam as somas que auferem, para além do que se gasta noutros negócios de que aquela casa é sede e que os contribuintes são obrigados a pagar em facturas de serviços de outras empresas, como é o caso da EDP.
Alguma coisa devia poder ser feita, por respeito pela ética e por quem paga.
José Batista d’Ascenção
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