Deve ser por motivos simples, que “todos” conhecerão, menos eu: não percebo porque é que, de tempos a tempos (de três em três anos…), sou chamado aos serviços administrativos para levantar um novo cartão, que pode ser igual ou diferente ao(s) anteriore(s) (o de agora é diferente e ligeiramente maior do que o que tinha, o que faz que não caiba no compartimento do porta-documentos onde me habituara a colocá-lo - uma irritação!), mas com os mesmos dados (número e condição de titular). Afinal também eu sou o mesmo, só que (cada vez) mais velho, trabalho na mesma instituição e tenho a mesma morada, ou seja: reúno as mesmas condições de beneficiário, sem nada haver a alterar.
Então, por que há-de alguém dar-se ao trabalho de desenhar outro cartão (alguém teria reclamado do grafismo ou do aspecto do que havia antes?), de obrigar a nova impressão, de obrigar uma funcionária a convocar-me e de obrigar-me a mim a ir levantá-lo, se nem eu nem ninguém ganhou nada com isso, antes pelo contrário?
Os funcionários daquele serviço não têm mais nada que fazer? O desperdício de energia, de tinta e de papel são irrelevantes? O ambiente não sofre? Já nem falo da minha paciência… pronto.
E depois há outros funcionários e entidades que têm que conferir os dados quando o cartão é usado: como os cartões mudam e há até períodos em que há mais do que um modelo em vigor (durante os próximos dias eu tenho dois cartões diferentes, ambos válidos, enquanto não expira o prazo de validade do que tinha…), não pode mais facilmente haver enganos?
Às vezes, chego a pensar que era melhor o Estado pagar a certas pessoas para elas dormirem… sossegadinhas.
José Batista d’Ascenção
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