Artigo de João Camargo no jornal «Público» de 24 de Março de 2018 (página 61)
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Ontem, ao fim da manhã, voz respeitada alertava-me para um texto imperdível sobre o que é fundamental ter em conta nas questões da floresta no nosso país. Só mais tarde pude ler. Realmente, aquele texto, que nem é longo, toca no que é essencial, mas que nos escapa com alguma facilidade, presos que estamos na rede de interesses económicos poderosos que extrai da floresta tudo o que pode, indiferente ao prejuízo humano, ambiental e económico, de ontem, de hoje e do futuro e que, socorrendo-se de informação parcial, publicidade ou propaganda, impede que vejamos claro o que está em causa. Entre outras coisas, ali se diz:
«Os dois maiores incêndios de sempre em Portugal ocorreram a 15 de Outubro na Lousã e em Arganil, queimando 65 mil e 38 mil hectares. Foi a primeira vez que existiram megaincêndios na Europa no Outono.
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Existe uma preferência por espécies [como o pinheiro-bravo e o eucalipto] nos incêndios, que é perceptível até num ano infernal como 2017. Só a discriminação contra as espécies florestais que não dão dinheiro imediato justifica este triste bailinho e regozijo pelo facto de o pinheiro-bravo, espécie em profundo declínio no nosso território, ter ardido mais do que o eucalipto, a espécie mais plantada do país. [Mas] essa é uma informação que, sozinha, diz pouco mais do que nada.»
Nota: os excertos aqui publicados dão uma ideia muito importante mas parcelar do que está em causa, motivo por que não dispensam a leitura de todo o artigo.
José Batista d’Ascenção
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