quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Ideias vagas numa tarde de sol


Anúncio da Primavera.
Foto de Manuela Lima
Ainda frio, brilha o sol e os dias alongam-se. Despontam os primeiros rebentos nos jardins e, não tarda, hão-de as temperaturas obrigar-nos a deixar agasalhos e a aligeirar as roupas. Está quase aí, a Primavera. E a Natureza vai alindar-se e maravilhar-nos, como todos os anos acontece.
Façamos nós, portugueses, por renascer com o aproximar da nova estação, como as plantinhas e a bicharada. Com a chegada dos dias luminosos, um acréscimo de ânimo e esperança se renova nos corações e há mais estímulo e vontade de vivermos e de sermos felizes.
Para o conseguir não é salutar associarmo-nos a guerrilhas desportivas ou submergirmos em novelas ou concursos ou programas televisivos espalhafatosos e culturalmente indigentes ou isolarmo-nos nas «bolhas» das redes sociais em que (activamente) nos fechamos e que confundimos com a vastidão do mundo.
Este ano vai haver eleições. Convencermo-nos de que todos os políticos são iguais e não prestam é, à partida, reduzirmo-nos ao cepticismo e à indiferença e demitirmo-nos das nossas responsabilidades cívicas. Aplicarmo-nos o melhor possível no cumprimento dos nossos deveres de cidadania e nas nossas profissões é uma boa maneira de criar um clima adverso à mediocridade, à inveja, à intriga e à corrupção. Exigir, serena, responsável e firmemente, os nossos direitos é um excelente contributo para um melhor viver, individualmente e em sociedade.
E investir na educação das crianças e jovens (em casa, primeiro, e na escola) é a melhor garantia de que tratamos bem (d)a «primavera da vida» dos cidadãos, a mais importante de todas as «sementeiras», da qual temos vindo a cuidar deficientemente desde há décadas.
Por que esperamos?

José Batista d’Ascenção

PS: Este texto não pretende ser um credo. É apenas uma oração que rezei por escrito.

Sem comentários :

Enviar um comentário