terça-feira, 5 de novembro de 2024

Uf! – gostaria de dizer amanhã

Se pudesse pediria desculpa a Kamala Harris. A perspectiva de uma vitória tangencial sua não me exalta nem me sossega, preocupa-me, por isso mesmo. O menos mau é que essa vitória evitaria, ainda que por margem mínima, a eleição de um presidente americano, a meu ver, monstruosamente indesejável. Fico perplexo não pela maldade, crueza, indecência e falta de escrúpulos de alguém muito poderoso, mas pelo elevadíssimo número dos que voluntaria e cegamente o apoiam.

Onde falha(ra)m o esmeril da educação e a racionalidade da instrução e do conhecimento? Como estamos a forma(ta)r os seres humanos? Elevamo-nos ou regressamos às cavernas, com a ajuda ou por acção (deliberada) de extraordinários meios tecnológicos de comunicação e alienação?

Não sei de qualidades fora do comum em Kamala Harris (talvez por deficiente conhecimento meu…) que a tornem particularmente indicada para a presidência dos EUA. Basta-me, contudo, que seja, como parece, uma pessoa normal, bem formada e bem preparada. Ademais, experiência não lhe falta. E gosto, gosto muito, do seu sorriso aberto e franco.

Desejo profundamente que ganhe. E que não lhe faltem coragem e lucidez.

O mundo precisa.

José Batista d’Ascenção

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