Imagem obtida aqui. |
A falta que fazem as árvores, espaços verdes e jardins arborizados, próximo dos edificados urbanos, para além da floresta não contígua às habitações (floresta que não pode confundir-se com a monocultura de uma qualquer espécie arbórea altamente inflamável como o eucalipto ou o pinheiro bravo), porque as plantas amenizam a temperatura, devido à libertação contínua de vapor de água e à produção de sombra, renovam o oxigénio e são um refrigério para a vista!
Após vários dias de calor infernal, devíamos ter a noção disso mesmo. Felizmente, hoje, em Braga, amanheceu com frescura, o sol demorou a dissipar o nevoeiro do [rio] Cávado e as temperaturas mantiveram-se mais baixas, dentro dos intervalos de agradabilidade fisiológica. À hora a que escrevo ainda sinto os prazeres da frescura natural, que saboreio de portas e janelas abertas, exposto à corrente de ar.
Os incêndios, muito agravados pela péssima gestão que fazemos do espaço florestal, devem contribuir significativamente para o aumento da temperatura, pelo calor que libertam. Além dos prejuízos enchem a paisagem de negro e a atmosfera de fumo, consomem oxigénio e libertam dióxido de carbono e deixam os solos nus e desprotegidos para a erosão que há-de afectá-los às primeiras chuvas. Perdemos de todos os modos, incluindo vidas humanas e outras, mesmo que haja negócios associados ao fogo.
Passamos mal e somos, em boa parte, responsáveis por isso.
Nesta manhã de Domingo, mais fresca, dediquei uns minutos a pensar no assunto.
José Batista d’Ascenção
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