terça-feira, 1 de junho de 2021

A vitamina D são duas.

E a sua importância não se restringe à saúde dos ossos (*)

… "Uma vitamina de que se falava apenas em relação com o raquitismo [nas crianças e a osteomalacia nos adultos] e depois com a osteoporose” é, afinal, “uma substância que faz falta a todas as células” do organismo, velando pelo equilíbrio do cálcio, para além de muitas outras funções. Por isso, algumas pessoas estranham que “tenha agora aparecido como uma «moda».”

Na realidade, a vitamina D “é um factor de imunidade”, é “preventiva de doença cardiovascular”, diminui o rico de diabetes do tipo 2 e está relacionada com a regulação do sono [“quando o sol se põe, a falta de luz solar estimula a produção de melatonina pela glândula pineal e esta hormona induz o sono. Ou seja, (...) deixa de se produzir vitamina D na pele e passa a haver melatonina. (...) Com o aparecimento da luz eléctrica tudo se baralhou porque a glândula pineal «engana-se» (...) e não produz melatonina. Mas quanto à vitamina D não se engana, essa não é estimulada pela luz artificial.”]

“A síndrome das pernas inquietas [necessidade que as pessoas sentem de estar sempre a mexer as pernas, sobretudo ao fim do dia] também está associada a baixos níveis de vitamina D.”

A vitamina D é ainda um factor de atenuação da dor, como a associada a “problemas osteoarticulares da coluna, da anca, dos joelhos, dos pés, sobretudo nas mulheres”, assim como das dores da fibromialgia; tem ligação com a síndrome metabólica pós-menopausa [cintura larga, triglicéridos aumentados, colesterol bom baixo, glicémias patológicas e hipertensão], quando em insuficiência, e previne a doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.

“O papel da vitamina D e da luz solar no estado emocional tem [também] grande importância.”

Quando se fala de vitamina D estão em causa duas substâncias: “o ergocalciferol, que é a vitamina D2 e o colecalciferol que é a vitamina D3, a que é doseada nas nossas análises.”

(...) “A principal fonte de vitamina D3 nos seres humanos é a sua formação na pele por acção dos raios ultravioletas da luz solar. Como passamos o Inverno dentro das casas e bem tapados com roupa quando saímos, e como no Verão nos protegemos do Sol com cremes que não deixam passar os raios ultravioletas, é natural que haja insuficiência de vitamina D.”

“As vitaminas D2 e D3 também podem ser obtidas através de alimentos como seja a gordura de fígado de peixes, (...) do peixe gordo e da gema de ovo.”

Ingerida ou obtida por ultravioletas, uma vez no sangue, a vitamina D2 transforma-se em vitamina D3.

Portanto, “o doseamento e a administração da vitamina D não é uma moda. (...) Deve ser administrada nas crianças e nos idosos e nestes principalmente no Inverno, tal como nas pessoas com carência ou insuficiência.”

José Batista d’Ascenção

(*) Baseado inteiramente no livro: «Alimentação, Mitos e Factos», de Isabel do Carmo. Editora «Oficina do Livro». 1ª Edição, 2020. [páginas 213-225). Uso de aspas nas transcrições.

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