quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Falha de electricidade durante uma manhã que devia ser de trabalho

Em dia chuvoso, a luz natural é parca e cinza. O interior da casa, mesmo com persianas e estores levantados, fica numa certa penumbra. O computador revela, afinal, fraca autonomia, que não vai além de duas dezenas de minutos. E o que havia a fazer requeria umas imagens a colher na “rede”, que ficou inacessível.

Fica-se sem saber o que fazer. O desconforto é mais acentuado porque a situação se prolonga por horas.

O almoço não pôde ser preparado, o que obrigou a alternativa pouco consoladora. O portão da garagem teve que ser aberto e fechado manualmente, o que se tornou incómodo devido ao hábito adquirido.

Enfim, uma manhã decepcionante, que nem a leitura, como recurso, compensou. É muito difícil abdicar das rotinas de conforto da nossa vida de dependentes consumistas.

E veio-me ao pensamento a vida de pessoas como a das que vivem na Ucrânia (sujeitas a uma operação militar especial de invasão e destruição assassina), mas também a dos pobres, do meu e de todos os países, que não têm pão, nem casa, ou que, tendo-a, só nela abunda a miséria da falta de tudo.

Que sorte eu tenho.

José Batista d’Ascenção

2 comentários :

  1. Podes crer, Zé! Se olhássemos mais para o lado, dávamos mais valor ao que temos. Abraço amigo

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