quinta-feira, 2 de maio de 2024

Leituras

Há cerca de nove anos, em trinta e um de Maio de dois mil e quinze, deu-me para começar a tomar registo de cada livro que lia, pela sequência temporal.

Decorrido este tempo, li ou reli trezentos livros, dos mais diversos em conteúdo e tamanho, sem ordem pré-estabelecida.

A um escritor sénior da nossa praça ouvi um dia que teria lido milhares de livros na sua juventude. Se a memória não me falha, num texto de J. Pacheco Pereira, consta que uma pessoa pode, durante uma vida (longa), ler não mais que cinco ou seis mil livros.

Contas simples remetem-me para a condição de humilde leitor: objectivamente, em nove anos, li em média um livro por cada onze dias. Extrapolando para um período de sessenta anos eu poderia atingir a modesta soma de dois mil livros, aproximadamente. Longe, portanto, dos números referidos acima por gente do ofício.

Da minha experiência de vida, os factores de aprendizagem mais marcantes parece-me terem sido a educação familiar, o convívio social, os (bons) professores, os livros e as viagens. Há também a «internet», mas a rede global é tanto uma fonte possível de boa formação como um conjunto de incentivos a aprendizagens erradas ou mesmo à desaprendizagem, não obstante ser impossível e de todo indesejável voltar aos tempos anteriores à comunicação digital.

Com tantos bons livros para ler (e falta de tempo de vida para ler todos os que valem a pena), optei, desde cedo, por deixar de lado as obras de escritores desconhecidos ou quase… Sei que é injusto e me traz prejuízo, mas não sinto qualquer vontade de alterar o procedimento.

Porfio, portanto, na minha lenta e curta viagem através de livros que suponho que são garantidamente (?) bons.

E confirmo que, vários deles, o são tanto que algo melhora(ra)m em mim.

José Batista d’Ascenção

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