segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O Terror, por acção humana ou em consequência dela

"Twin Towers", 2001
Fez hoje dezasseis anos que ocorreram os ataques terroristas contra as “Torres Gémeas” e o “Pentágono”, nos Estados Unidos da América. Esses acontecimentos provocaram milhares de mortes e desassossegaram o mundo, num horror cataclísmico, ao vivo e em directo, através das televisões, com imagens reais muito piores do que as de qualquer filme de terror. A “resposta” Norte-Americana contra Osama Bin Laden e a Al-Qaeda e os países que os “abrigavam”, teve lugar a seguir, tendo-se iniciado pouco depois, em 07 de Outubro, a guerra contra os Talibãs, no Afeganistão. Desde então até aos dias de hoje, o mundo, que já não era seguro, ficou ainda mais instável e o sentimento de insegurança das populações foi sempre em crescendo.
Vivemos com medo. Medo do terrorismo. Medo dos que são diferentes. Medo de que aumente a criminalidade. Medo de que nos “roubem” o trabalho. Enfim, medo. Muito medo.
E o medo cria condições para o aparecimento de salvadores que dão largas à vontade de, pela força, criarem uma sociedade “limpa” do que consideram defeitos, mas sobretudo da presença do que (e daqueles que) nos atemoriza(m).
Donal Trump
Na América, o que parecia impensável aconteceu. Após a Presidência de Barack Obama, um acontecimento extraordinário, que encheu a Europa de esperança, seguiu-se o pesadelo da eleição de Trump, que todos os dias se torna mais preocupante, até por não sabermos aonde nos vai levar. No continente europeu, a falta de lideranças com dimensão e princípios humanitários deixa-nos a olhar com admiração para Ângela Merkel, a mesma que disse que os portugueses trabalham pouco e têm mais tempo de férias do que os alemães. Depois foi o que vimos. E no Velho Mundo (Europa), em países como a Polónia ou a Hungria e também na Turquia (que pretende aderir à União Europeia), dirigentes políticos desafiam impunemente os valores e os direitos que conquistámos ao fim de séculos e que julgávamos adquiridos.
Mas é Trump, pelo poder e pela influência no mundo, que constitui a incógnita de desenlace mais atemorizador. Para além das suas ideias (!?) político-militares, as crenças sobre o clima e sobre (a ausência de) alterações ambientais devidas à poluição podem levar o planeta a um ponto sem retorno. 
Papa Francisco
Bem anda o Papa a pregar o que convém, com lucidez e persistência. Diz ele, a propósito dos mais recentes furacões: “Quem nega as alterações climáticas será julgado pela História. A ciência é muito clara. Se não arrepiarmos caminho, vamo-nos afundar."
Oxalá o aviso venha a tempo e faça algum efeito. 

José Batista d’Ascenção

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