segunda-feira, 18 de março de 2019

Perdoai, plátanos!

A fotografia mostra as árvores (decepadas) de um espaço que pertence ao ministério da saúde, na cidade de Braga. Há estreita relação: a saúde não tem bom ambiente e o ambiente não tem saúde.
Eu sei, eu sei: as árvores produzem muitas folhas, as folhas caem, no fim do Outono, e dão trabalho a apanhar. E há aves que, no espaço urbano, procuram as poucas árvores disponíveis e fazem chilreios barulhentos (até parece que preferimos o ruído do trânsito…) e produzem muito guano (excrementos) que, caindo em cima dos carros, ataca as pinturas.
Mais umas semanas e as temperaturas sobem de modo inclemente. Nessa altura, ninguém pode andar na rua, nem de dia nem de noite, sobre pedras que escaldam. Mas não aprendemos nada.
Perdoai-nos, plátanos, porque não sabemos o que fazemos nem o bem que nos fazeis.
Um dia, talvez não muito distante, perceberemos o erro. 
Tomara que não seja irremediável.

José Batista d’Ascenção

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