quinta-feira, 3 de março de 2022

A minha segunda cirurgia de otorrino, pela mão de excelentes jovens médicos num excelente hospital público

Dia 02 deste mês, cedinho, segui com confiança e a calma que pude, na companhia da Lurdes, para o Hospital de Braga.

Feitos os preparativos, na marquesa do bloco recebi os bons dias amistosos e o olhar incentivador da Dra Cátia Azevedo e passei de imediato a colaborar com a simpática anestesista. Os demais especialistas, envolvidos nas suas batas, não os distingui, no momento.

Às catorze horas, mais ou menos, acordava bem disposto no recobro. Transferido para o quarto, recebi a simpatia das funcionárias e da enfermeira, atenciosa e eficaz. O meu companheiro do lado oposto, o Sr José, que não ouve nem fala, nem por isso deixou de mostrar solicitude.

Passei bem a tarde. Antes e depois de jantar já respondi a mensagens de algumas pessoas.

Não quis a TV ligada nem à tarde nem à noite. Além da publicidade, o futebol deixou há anos de me interessar. E ambos me aborrecem. Por isso mergulhei na leitura de um clássico de aventuras que me faltava: “Miguel Strogoff” de Júlio Verne. Saboreei boa escrita e constatei, ainda que ficcionado, o sofrimento do povo russo siberiano às mãos dos tártaros, em guerra tão injusta como a que o líder actual da Rússia pratica sobre a Ucrânia, sofrimento que suponho igual em todas as guerras, de todos os tempos. Não parei a leitura até acabar. Para meu gosto, apesar da relação forçada entre a fisionomia e o carácter das pessoas, do desajuste da noção de raças humanas, da crença em presságios concretizados e de certo paternalismo machista, tudo marcas de um tempo. E em homenagem à Ucrânia, referida uma vez na obra, assim como a cidade de Kiev (pg. 355).

No dia 03, acordei cedo e igualmente bem disposto. Após o pequeno almoço tive a visita do Dr Nuno Costa, meu brilhante ex-aluno (no ensino secundário), que também participou na cirurgia e me esclareceu resumidamente do que foi feito.

Ao Hospital de Braga, aos seus funcionários e equipas de enfermeiros e de médicos, deixo registo do meu agradecimento.

José Batista d’Ascenção.

4 comentários :

  1. O serviço público é bom, eu também só tenho bem a dizer. As melhoras Zé, que corra tudo bem beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Ficamos admirados por ter sido operado. Graças a Deus que está tudo bem. Quando vai ter alta? Rezamos para que melhore rapidamente. Um abraço grande e amigo da Luisa e meu

    ResponderEliminar
  3. Obrigado, Carlos. Já estou em casa, em convalescência. E resguardado, para cumprir com todas as recomendações médicas. Um grande abraço para todos.

    ResponderEliminar