quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Extra ordinário


Dias mais compridos e luminosos cumprem a pré-Primavera em decurso e animam os espíritos. Janeiro é um mês longo, cinzento, frio e húmido (normalmente); e a primeira metade segue-se às festas do Natal e de Ano Novo, o que acentua as tendências depressivas. Mas, Janeiro já passou, os dias vão continuar a crescer e há uma ou outra flor que vai surgindo. Falta pouco para a Festa da Natureza.

É assim todos os anos. Valha-nos isso.

Fossem as nossas vidas e as políticas tão airosamente prometedoras.

O mundo está feio e não se descortinam «estações» auspiciosas.

Fabulosas conquistas dos seres humanos beneficiam os que podem, mas estão longe do alcance da maioria ou servem objectivos de subjugação da imensa mole dos mais fracos. As sociedades caminham vertiginosamente para as armadilhas utilitaristas dos poderosos, obscenamente ricos, mas que, também eles, não escaparão à derrota pelas consequências (sociais, climáticas, ambientais…) das suas retumbantes vitórias.

São tempos extra ordinários.

Como escapar à inexorabilidade dos algoritmos?

José Batista d’Ascenção

2 comentários :

  1. Muito bem observado e dito, ninguém escapa nem os poderosos ou aqueles que se julgam pelo seu narcisismo e egoísmo inatingíveis!
    Venha a Primavera com a beleza e odor das suas flores purifique a
    natureza e traga doçura, e amor à palavra do homem.
    Só o amor nos salva!
    Beijinhos

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