Não há uma definição indiscutível de tempo. O nosso corpo desenvolve-se e fenece num determinado intervalo temporal, acumulando marcas que testemunham o devir e nos dão forte sentido da marcha inexorável do tempo. Isso e o registo de acontecimentos marcantes reforçam noções próprias de sucessões de fenómenos, mas não abarcam nem esclarecem todo o conceito e os seus possíveis significados, objectivos e subjectivos.
No campo subjectivo, as noções ou percepções ou explicações do tempo podem tornar-se vagas, indescritíveis ou incompreensíveis. É o que acontece nos sonhos, em que os tempos podem ser sucessivos, paralelos, regressivos ou reversos. Nesses casos, o tempo é como o sentimos: frequentemente de forma radicalmente… ilógica. Por analogia, a obra “Alice no País das Maravilhas” serve(-me) de exemplo (pouco esclarecedor).
Os homens da ciência também não atingiram clareza na matéria.
A solução do problema agrava-se porque nós, que colocamos a questão, também não sabemos o que somos, no fundo. E como poderíamos nós conhecermo-nos – nós como objecto de estudo de nós mesmos - em toda a plenitude? As dúvidas sempre subsistirão, em quaisquer tempos, mesmo os alternativos àqueles em que (e onde?) vivemos, se existirem, como se pode especular.
São diferentes os tempos em diferentes regiões do universo, como são diferentes os tempos em cada lugar, se medidos de modo diverso, linear ou não.
À mercê do(s) tempo(s), somos substância e (in)consciência desse(s) tempo(s), cuja natureza nos escapa.
Seja como for, que nunca nos abandone a esperança de «tempos felizes».
José Batista d’Ascenção
Olá Zé Batista
ResponderEliminarÉ com enorme prazer que leio os textos que por aqui vais colocando. Leio os com muita atenção e prazer .
Obrigada pelo bocadinhos que passo contigo.
Beijo Zé
Obrigado, do coração. Não sei ao certo quem é a autora deste comentário. Tenho uma ideia, mas não tenho a certeza. Certezas, só uma: a de que retribuo com toda a amizade o carinho e o prazer da companhia. Beijinho.
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