terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Um país para ricos, com pessoas (cada vez mais) pobres

Estádio Municipal de Aveiro (imagem obtida aqui)
Já este ano tive que fazer um percurso de trezentos quilómetros no sentido Norte - Sul, pelas auto-estradas A3, A1 (…) e A8 e depois o inverso, os mesmos trezentos quilómetros, mas agora pelas auto-estradas A8, (…), A29 e A3. O movimento era relativamente pouco, especialmente na A8 e muito particularmente na A29, em que viajei praticamente sem outros carros à vista. E pensava: para que servem duas auto-estradas paralelas, ambas próximas uma da outra e não muito longe da costa, num país rectangular, com uma largura compreendida entre centro e doze e duzentos e dezoito quilómetros (no sentido dos paralelos)? Trata-se de obras caras, com rendas proibitivas, que pagamos com língua de palmo.
Estádio Municipal de Leiria (imagem obtida aqui)
E este meu sentimento foi agravado quando, em Aveiro, passava uma "tangente", pela esquerda, àquele “elefante” espalhafatosamente garrido (e, pelo que dizem, inútil) que é o estádio de futebol construído para o euro 2014. Quase me apeteceu gritar: Viva Portugal rico! Vá lá que em Leiria não me veio à lembrança outro “paquiderme” do mesmo calibre, com a mesma utilidade… Seria demais para um dia só.
E responsáveis não houve. Que digo: não houve, não há, nem haverá.
Tal o povo tais os dirigentes que tem (tido). E assim vai continuar.
Os jovens válidos que emigrem.

José Batista d’Ascenção

Sem comentários :

Enviar um comentário