Uma bola, connosco em cima. Tendemos a pensar que somos os donos dela, repartimo-la em fracções com proprietários definidos. Podem ser leiras, ou bouças, ou courelas, ou herdades, ou quintas, ou montes, ou países, ou grandes regiões (o Alasca, a Gronelândia…).
Somos uma espécie biológica possessiva, a única que acumula coisas em grande escala e toma a posse de bens convencionais (dinheiro…), materiais ou recursos como factores de estatuto, poder e domínio sobre os semelhantes. Não se trata apenas de machos em competição pelas fêmeas (nem o inverso…), mas da subjugação de camadas sociais ou de populações inteiras…
A humanidade sempre foi assim. Está-lhe na natureza.
Se a cada um fosse dada a possibilidade de viajar para o espaço e de observar a Terra a partir da escotilha de uma qualquer nave espacial em trânsito no cosmos, quem sabe se os cosmonautas não sentiriam intensamente a fragilidade e pequenez de todos nós, enquanto terráqueos.
E se se imaginasse alguma colisão planetária ou – quem sabe? – algum engenho bélico de civilizações extraterrestres – se as houvesse – mais se acentuaria a condição precária dos humanos encarcerados na «gaiola» terrestre e o ridículo infantilóide de qualquer (aspirante a) «super-homem».
Quem somos nós e para que servimos, afinal?
As melhores e mais belas respostas encontrei-as nos evangelhos e na encíclica «Laudato Si», do Papa Francisco.
Mas, de que tem valido tudo isso?
José Batista d’Ascenção
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